Rede Brasileira de Museus de Medicina

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Cerimônia de lançamento da
Rede Brasileira de Museus da História da Medicina


O Brasil tem vários museus que resgatam a história da medicina, mas pouco conhecidos da população. Para seus responsáveis, são espaços que não têm o devido valor reconhecido no contexto da memória nacional. Com o objetivo de mudar esse cenário, os diretores de museus se reuniram em março no Rio de Janeiro, no 1º Encontro Nacional de Museus da Medicina. Deste encontro veio a implantação da Rede Nacional de Museus da História da Medicina com a responsabilidade de facilitar o acesso público ao acervo guardado nos museus existentes, entre os quais o do Rio de Janeiro e o do Rio Grande do Sul figuram como os mais organizados e completos do país.

A Federação Nacional dos Médicos promoveu o encontro em parceria com o Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul e com o apoio dos sindicatos dos médicos da Bahia, do Pará, de Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Grande do Sul. Entre as peças que integram os acervos dos museus de medicina, estão obras de Candido Portinari, Rodolfo Bernadelli, Batista da Costa e René Lalique. Há também uma réplica fiel do estetoscópio em madeira inventado por Renné Laënnec em 1818, cujo original foi trazido para o Brasil pelo médico de dom Pedro I, e exemplares de óculos que pertenceram a escritores, intelectuais e políticos, como dom Pedro II, Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas, Ruy Barbosa, Guimarães Rosa e José Lins do Rego.

Também merecem destaque, entre as peças dos museus, o trono onde dom Pedro II se sentava quando participava das sessões solenes da Academia Nacional de Medicina e objetos de uso pessoal dos médicos Carlos Chagas, Oswaldo Cruz, Miguel Couto e Juliano Moreira. Muitas peças curiosas mostram de que maneira a medicina era praticada antigamente, como os bisturis utilizados no século 19, o aparelho de alta frequência usado na década de 20 para terapia por meio de corrente elétrica; a seringa do século 18 utilizada na lavagem de ouvidos e selos raros ligados a personalidades e fatos históricos da medicina.






O projeto Rede Brasileira de Museus de Medicina foi apresentado pelo historiador e diretor do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul - MUHM - Éverton Quevedo à diretoria da Federação Nacional dos Médicos - FENAM. A apresentação teve como objetivo aumentar a rede de contatos e a divulgação do projeto. O projeto já tem um site para o cadastramento dos museus da área: www.redemuseusmedicina.org.br

No site, cada membro da rede pode inserir seu histórico, informações sobre acervo, textos, vídeos, fotos, horário e local de visitação, eventos e outras atividades que estejam realizando, e ser conhecidos por um público maior, que vai de pesquisadores a turistas.




Fontes:
http://www.ufmg.br
http://www.muhm.org.br