Albergue para moradores de rua

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"Um morador de rua, um sem-teto ou um desabrigado é uma pessoa que não possui moradia fixa, sendo sua residência e domicílio os locais públicos de uma cidade. Sempre identificamos a figura dos sem-teto como a de um mendigo ou talvez de um morador de rua de uma forma geral. Este é um dos mais graves e desafiantes problemas sociais e está presente em praticamente todos os países do mundo como um indicador de desajustes, tais como: vícios, alcoolismo, distúrbios psicológicos e outros, ou então, reflexo das condições econômicas.

Esta situação de miséria em que vivem inúmeras pessoas aqui nesta linda Cidade do Recife, me choca profundamente e é muito doloroso ver as pessoas morando nas ruas, ou seja, dormindo, cozinhando, fazendo necessidades fisiológicas, tomando banho e outras coisas mais, no meio da rua.

Sempre converso com estas criaturas e percebo o quanto eles sofrem e o quanto precisam de ajuda, atenção e carinho para saírem das ruas e voltarem à sociedade se é que isto seja possível. Muitos deles foram parar nas ruas, por causa do vício do álcool ou outros vícios e os seus familiares os puseram para fora de casa. Outros saem por vontade própria, porque não aguentam tanta humilhação em sua própria casa e depois que estão ao relento, fica difícil se reerguerem porque a sociedades muitas vezes os julgam como lixo humano. A maioria deles termina morrendo nas ruas, sem teto, sem nada. Meu Deus, um país tão rico! - Não dá mesmo para entender...”

Este é o depoimento de Maria Helena Nascimento, uma pernambucana, que participa do Fórum do Cidadão Repórter uma das muitas vozes que se unem para mudar este quadro da miséria em nosso estado.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social (Seade), no estado de São Paulo, existem 101 albergues que atendem 42.999 pessoas. Alguns oferecem, além do pernoite e alimentação, cuidados de saúde e atendimento psicológico. Confira aqui a notícia completa.

Já participo desta luta há alguns anos, é um dos meus projetos a acolhida dos moradores de rua, e é uma gratificante vitória a notícia do dia 24 de dezembro de 2009, quando entrou em vigor a Política Nacional para População em Situação de Rua, que pretende assegurar aos moradores de rua o acesso às políticas públicas de saúde, de educação, de previdência social, de assistência social, de trabalho, de renda, de moradia, de cultura, de esporte e de lazer em todo o país.