A aposentadoria deveria constituir para todos um prêmio, em função dos anos dedicados ao trabalho, porém ao invés disso, para algumas pessoas, se transforma num verdadeiro pesadelo. Não apenas em relação à questão financeira, mas também aos componentes psicopatológicos que acompanham os processos de aposentadoria quando o aposentado não tem um preparo adequado para enfrentá-los. O chamado choque da aposentadoria se traduz por uma série de perdas que o indivíduo sofre e, quanto maior é o cargo desempenhado, maiores são as repercussões no comportamento do aposentado.
Estão habituados a sair de casa e ir ao local de trabalho. Nos primeiros meses não se percebe, mas à medida que o tempo vai passando, o "descanso” vai se tornando enfadonho e parece faltar alguma coisa na vida do aposentado. Está faltando justamente uma motivação e é nesta fase que começam a surgir as síndromes ansiosas e depressivas.
Para combater o que chamam binômio ansiedade/depressão os países mais desenvolvidos criaram o PPA - Preparo Para a Aposentadoria, que tem combatido eficazmente as repercussões psicopatológicas da aposentadoria sobre os aposentados. As grandes organizações européias, americanas e, sobretudo, japonesas, em seus departamentos de recursos humanos, desenvolvem um trabalho muito importante junto aos seus funcionários, que começa quando os mesmos ainda estão em pleno vigor e ainda têm muitos anos para trabalharem, antes de se aposentarem. Algumas instituições brasileiras já despertaram para esta realidade e já iniciaram trabalho semelhante junto aos seus colaboradores.
O idoso precisa se manter ativo física e psiquicamente, de acordo com as suas condições físicas, psíquicas e sociais. Os pesquisadores em gerontologia afirmam que o idoso que se mantém ativo, vive mais tempo e, o mais importante, vive melhor. Através de medidas preventivas de saúde física e psicológica, pode-se combater a senilidade, pois velhice não é doença. A velhice saudável é um objetivo e um direito.
